segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Maternidade e Paternidade: Uma visão sobre o papel de um pai e de uma mãe na vida de um filho

MILENA

Milena era uma mulher jovem. Ela gostava de sair para bares e baladas, e pegava vários caras. Ela não queria se envolver em um relacionamento, pois não tinha encontrado alguém com quem se identificasse e rolasse aquela paixão, até que conheceu Rogério.
Rogério era bonito, simpático, e Milena notou que eles tinham muitos assuntos em comum. Eles logo começaram a ficar, e depois a namorar. Milena foi sincera sobre o fato de sempre ter ficado com várias pessoas, e Rogério disse que não se importava, mas que gostaria que, a partir do momento que eles assumissem seu relacionamento, ela ficasse somente com ele. Milena decidiu respeitar isso, aceitou a condição, e começou a namorar com ele.
Alguns meses depois, Milena descobriu que estava grávida, e Rogério gostou da ideia, porém, sabia que não estava preparado. Tratou logo de se preparar para isso, lendo vários artigos e se informando sobre parto, amamentação, recém nascido, primeiros socorros, etc etc.
Milena não lidou muito bem com isso, afinal, era nova, não estava pronta para encarar uma gravidez agora. Ela decidiu manter a gestação, mas ainda estava se adaptando, afinal, tinha tantos sonhos pela frente, e teria de adiar algumas coisas. Milena estava revoltada, mas prometia a si mesma que isso logo passaria...
Os meses foram passando, e Milena não conseguia se imaginar mãe. Ela já amava seu filho, porém, não tinha muita afeição pela ideia de cuidar de uma criança, achava que não levava jeito. Rogério era o oposto, ele sabia de muitas coisas e sempre estava lendo de tudo, orientando a mãe de seu filho sobre tudo o que ele descobria, mas ficava ressentido quando notava que ela não se interessava muito.
Ao decorrer da gravidez, Milena e Rogério começaram a brigar com muita frequência, sobre tudo, e a convivência estava impossível. Decidiram terminar.
Milena prosseguiu cuidando da gravidez, juntando dinheiro para a vinda do bebê, e tentando imaginar como seria, mas ela estava perdida. O curso de gestante e o grupo de mães foram fundamentais para ela entender por onde começar.
Depois disso, ela buscou o pai de seu filho, para que pudessem passar por essa etapa juntos, como pai e mãe de uma criança.
O bebê nasceu. Rogério deu um tempo da vida lá fora para se dedicar ao filho sempre que ele não estivesse mamando no peito. Milena gostava de sair um pouco, e Rogério cuidava do bebê nessas horas.
Quando o bebê cresceu, e parou de mamar no peito, Milena decidiu que era hora de retomar seus projetos, e sugeriu a guarda compartilhada do filho. Em um primeiro momento, eles ficariam com o filho por um tempo exatamente igual, mas depois que o filho já estudasse, ele passaria a semana com o pai, e o fim de semana com a mãe, pois Milena e Rogério moravam longe, e a escola deveria ser perto da casa de um deles. 
Todos se perguntaram como Rogério conseguiria isso tudo sem ajuda, afinal, ele nunca tinha cuidado de uma criança, ainda mais sozinho. Quando viram que ele conseguiu, todos o elogiaram. Ele até notou mais olhares vindos de suas vizinhas, que o consideravam um "partidão", um homem para agarrar e não soltar mais, esse sim daria em um bom marido. Os outros homens o consideravam um otário, que fez filho com uma qualquer e teve de arcar com tudo sozinho.E quanto a mãe do menino, ah, essa é uma desalmada! Onde já se viu um filho ver a mãe só de fim de semana???

Agora, que tal reverter os papéis?

ROGÉRIO

Rogério era um homem jovem. Ele gostava de sair para bares e baladas, e pegava várias meninas. Ele não queria se envolver em um relacionamento, pois não tinha encontrado alguém com quem se identificasse e rolasse aquela paixão, até que conheceu Milena.
Milena era bonita, simpática, e Rogério notou que eles tinham muitos assuntos em comum. Eles logo começaram a ficar, e depois a namorar. Rogério foi sincero sobre o fato de sempre ter ficado com várias pessoas, e Milena disse que não se importava, mas que gostaria que, a partir do momento que eles assumissem seu relacionamento, ele ficasse somente com ela. Rogério decidiu respeitar isso, aceitou a condição, e começou a namorar com ela.
Alguns meses depois, Milena descobriu que estava grávida, e gostou da ideia, porém, sabia que não estava preparada. Tratou logo de se preparar para isso, lendo vários artigos e se informando sobre parto, amamentação, recém nascido, primeiros socorros, etc etc.
Rogério não lidou muito bem com isso, afinal, era novo, não estava pronto para encarar uma gravidez agora. Ele respeitou a decisão da namorada em não abortar, não passou pela cabeça forçar a barra pra isso, mas ainda estava se adaptando, afinal, tinha tantos sonhos pela frente, e teria de adiar algumas coisas. Rogério estava revoltado, mas prometia a si mesmo que isso logo passaria...
Os meses foram passando, e Rogério não conseguia se imaginar pai. Ele já amava seu filho, porém, não tinha muita afeição pela ideia de cuidar de uma criança, achava que não levava jeito. Milena era o oposto, ela sabia de muitas coisas e sempre estava lendo de tudo, orientando o pai de seu filho sobre tudo o que ela descobria, mas ficava ressentida quando notava que ele não se interessava muito.
Ao decorrer da gravidez, Milena e Rogério começaram a brigar com muita frequência, sobre tudo, e a convivência estava impossível. Decidiram terminar.
Rogério prosseguiu cuidando da gravidez de Milena, juntando dinheiro para a vinda do bebê, e tentando imaginar como seria, mas ele estava perdido. O curso de gestante e o grupo de pais foram fundamentais para ele entender por onde começar.
Depois disso, ele buscou a mãe de seu filho, para que pudessem passar por essa etapa juntos, como pai e mãe de uma criança.
O bebê nasceu. Milena obviamente deu um tempo da vida lá fora para se dedicar ao filho o tempo todo. Rogério gostava de sair um pouco, e Milena cuidava do bebê, sozinha, nessas horas.
Quando o bebê cresceu, Rogério decidiu que era hora de retomar seus projetos, e sugeriu a guarda compartilhada do filho. Em um primeiro momento, eles ficariam com o filho por um tempo exatamente igual, mas depois que o filho já estudasse, ele passaria a semana com a mãe, e o fim de semana com o pai, pois Milena e Rogério moravam longe, e a escola deveria ser perto da casa de um deles. 
Ninguém se perguntou como Milena conseguiria isso tudo sem ajuda, afinal, ela nunca tinha cuidado de uma criança, ainda mais sozinha. Quando viram que ela conseguiu, ninguém a elogiou, pois acharam que ela não fazia mais que sua obrigação. Ela até notou mais olhares vindos de seus vizinhos, que a consideravam uma "qualquer", pois além de já ter ficado com várias pessoas, ainda era mãe solteira. Isso não poderia dar em boa esposa, coitado do cara que, um dia, resolvesse se casar com ela, seria "corno" e ainda ia sustentar filho de outro. As outras mulheres a consideravam umas oportunista, que fez filho pra pegar pensão do ex, ou fez uma tentativa frustrada de "segurar" o cara usando um filho, mas que falhou, e bem feito, agora ela tem um filho pra cuidar. E quanto ao pai do menino, ah, esse é um herói! Leva o filho todo fim de semana para sua casa. O menino tem um pai muito presente, não é mesmo?


Apenas leiam, ou façam o exercício de trocar de papel com o pai do(s) seu(s) filho(s) e vejam se está tudo bem, se a divisão está sendo justa. Pensem nisso e reflitam, de acordo com a realidade de cada um, se ambos os pais estão fazendo seu papel como se deve.

*Esse texto é fictício, baseado em vários relatos que leio, então, não seria improvável qualquer semelhança com a realidade.

domingo, 2 de fevereiro de 2014

Os Cachinhos do Bernardo

Hoje eu estava lendo uma página de uma blogueira no Facebook, sobre cachos.
Lembrei dos cachinhos do meu filho, que já foram motivo o suficiente para encheções de saco alheias.
Tem gente que me diz que um dia ele vai querer alisar o cabelo. Outros me falam pra cortar bem curtinho, mesmo eu dizendo que ele ama o cabelo, e que eu o respeito quanto a isso. Já chegaram a me sugerir formas de segura-lo no cabeleireiro, e também de como convence-lo a ir até um.

Meu filho, com o cabelo grande, que é o xodó dele.
Não desejamos cortar, nem alisar. Achamos lindo ao
natural, e assim será, a não ser que ele queira mudar!

Acontece que eu não acho que para ser bonito, precisa ter cabelos lisos!
Nãovou esconder ou mudar essa característica do meu filho!
Mudanças, só são legais para agradar a gente mesmo, e não para se encaixar em padrões e agradar a vista dos outros.

Ainda é muito forte a imposição do cabelo liso. Cachos e crespos, principalmente, muitas vezes não são vistos com bons olhos.

Uma criança ficou conhecida na internet porque a escola "solicitou" que ele cortasse o cabelo afro, ou perderia a vaga. Leia aqui.
Uma funcionária foi discriminada porque se recusou a passar a prancha no cabelo. Leia aqui.
Quer saber de mais um caso onde uma pessoa é discriminada por assumir o cabelo que tem? Leia aqui então o caso de uma menina que também foi solicitada a se retirar da escola se não alisasse o cabelo. Isso não foi no Brasil, mas aqui acontece -e muito- esse tipo de situação.

Só pra constar aos que criticam os lindos e grandes cachinhos do meu filho: Nós (eu, meu filho, quase a família toda, e muitos amigos) amamos a cabeleira do Be!
Ele tem um cabelo lindo! 
E se você gosta de cabelo curto, corte o seu próprio!

Viva os cachinhos do meu filho!!!
Viva os cabelos todos como eles realmente são!!!
E viva a diversidade!!!

sábado, 1 de fevereiro de 2014

Noites de Sono: Cama Compartilhada e Berço.

Quando tive a Sabrina, na época onde ter internet era luxo pra poucos, eu aprendi que não era certo deixar o bebê dormir com a mãe, pois se ele acostumasse, nunca mais a deixaria dormir sozinha em sua cama. Amamentar deitada então, era praticamente assassinar o bebê. E assim eu fiz.
Sabrina ficava acordada tanto tempo, que eu quase enlouqueci. Hoje em dia sei que ela fazia isso para ficar perto de mim, pois sabia que, se dormisse, ia direto pro berço.
Mas não era fácil. Tinha dias que eu, vencida pelo cansaço, simplesmente a colocava ao meu lado, na cama minúscula de solteiro, e dormia ali, feito estátua, para não correr o risco de sufoca-la.
A grande verdade é que, com ou sem ela na cama, meu sono nunca mais foi o mesmo. Logo eu, que sempre tive uma quase morte ao invés de sono.
Algumas noites, antes dela desmamar (isso ocorreu aos 4 meses), eu a deixava mamando enquanto eu dormia. Quando eu acordava, me sentia a pior das criaturas, por correr o risco de matar minha pequena. 
Já houve ocasião em que eu cochilei com ela no colo, relaxei os braços, e acordei no susto, pois ela quase caiu.
Quando precisava fazer mamadeira, era pior! Precisava levantar no meio da noite inúmeras vezes, esquentar a mamadeira que já ficava pronta na geladeira, e dar a ela, sentada, para que não se engasgasse. Daí acabou a moleza de deitar com a teta pra fora e deixar ela mamar enquanto eu descansava. Depois da introdução das mamadeiras, eu tinha de me manter acordada, independente do nível do sono.

Tempos passaram, e as noites foram melhorando. Daí tive o Bernardo.
Tudo o que eu tinha "dado mau costume" pra Sabrina, pro Bernardo eu decidi não fazer. Acordava a noite, e assim que ele dormia, era berço. Se eu precisasse fazer isso a noite toda, eu fazia, em nome dele não pegar costume de dormir comigo.
Nessa época eu tinha acesso à internet, mas por ignorar que haviam informações úteis na rede, não busquei. E por isso, meu filho desmamou com apenas 1 mês de vida. Nem me passou pela cabeça buscar ajuda, pois pra mim, o leite secou, acabou, não voltava mais.
Então, além da minha decisão de coloca-lo sempre no berço, mesmo que não dormisse bem, afim de ter futuras noites de sono decentes, eu ainda ficava acordada fazendo mamadeira.
Bernardo realmente não ficava querendo minha cama, mas acordava muitas vezes, só pra ter um pouco de colinho e atenção. 

Quando tive a Melissa, eu já tinha entrado em grupos de mães, e percebi que não sabia de muitas coisas que poderiam me ajudar. Descobri que cama compartilhada não faz mal, pelo contrário, faz bem para: o bebê (que fica seguro e acorda menos), a mãe (que consegue descansar melhor) e ajuda na amamentação, pois é possível amamentar sem precisar levantar da cama.
Pensei em ver como minha filha seria, para depois decidir onde ela iria dormir.
Realmente, eu utilizei, e ainda utilizo muito compartilhar a cama, pois ela mamava demais, e eu precisava descansar para dar conta do dia seguinte.
Desde bem novinha, ela vinha pra minha cama, mamava já dormindo, e eu também dormia até ela acabar. Quando ela acabava, eu acordava e a colocava no carrinho, que ficava coladinho na minha cama. Preferi não deixa-la comigo a noite toda porque meu marido tem sono pesado, tive medo dele acabar ferindo nossa filha sem querer.
A pediatra tinha falado pra não amamentar deitada, e eu fui ler sobre. Descobri que mamar deitado no peito não é prejudicial. O leite materno combate infecções, e não poderia, por esse motivo, causar uma otite, se por acaso fosse parar no canal auditivo.
Então decidi, por bem do nosso sono, fazer cama compartilhada conforme a necessidade. Decidi que, quando ela tivesse segura, poderia ir para sua própria caminha, sem precisar voltar para a minha o tempo todo.
E não é que isso está acontecendo mais rápido do que eu esperava???
Melissa chora, eu pego e coloco no peito, ambas dormimos, ela mama e quando não quer mais, me empurra e vira pro outro lado. Nessa hora, eu sei que ela quer ficar a vontade em seu próprio cantinho, e a coloco no berço. Ali ela fica por horas dormindo tranquila, até sentir vontade de mamar outra vez.
Ela não mama outro leite a não ser o do peito, mas come super bem. 

Cheguei a conclusão de que os médicos as vezes podem acabar querendo se meter em um campo que não é o deles.. 
Percebi também que tem muita tradição que não passa de história de terror, para nos assustar. 
Então, se você sente necessidade de dormir junto com seu filho, se isso vai proporcionar uma boa noite de sono para todos, se livre dos preconceitos que você carrega em si por tanto tempo, e faça o que manda seu instinto!
Lembre-se que o ser humano é o único que quer que seu filhote durma sozinho. Bebês muito novinhos gostam de acordar perto de alguém, e não sozinhos em um berço, em outro quarto.
Se você é a favor da amamentação prolongada, a cama compartilhada pode ajudar muito, principalmente nos 6 primeiros meses. Depois que a criança passa a comer outras coisas, ela mama menos, e se for do desejo da mãe, já dá pra começar a introduzir a criança em seu próprio ambiente, aos poucos.

Não pensem que a criança nunca mais vai desgrudar, porque ela vai!

Melhor descoberta da minha vida! Me garantiu bastante tempo dormindo, tempo esse que eu passava acordada com as outras crianças.

O primeiro "beijo gay" da Globo. O que dizer para nossos filhos?

Primeiramente, o que seu filho está fazendo assistindo novela??? Você já viu a classificação etária para a novela??? Ela não é indicada para menores de 12 anos, se não me falha a memória.
Sei que as pessoas não costumam prestar atenção nisso, e por qualquer razão, acabam deixando crianças pequenas assistirem novelas, e aconteceu delas verem dois homens se beijando. Você pode estar se perguntando como explicar isso para uma criança. É bem simples!
Explique a ela que casais não são necessariamente formados por uma mulher e um homem, que há pessoas do mesmo sexo que se amam. Diga que casais que se amam, se beijam. Ninguém escolhe quem ama, e é errado querer impor nossas vontades sobre o amor alheio.
Se a pessoa não aceita a homossexualidade alheia por questões religiosas, deve mostrar ao filho que, apesar de não ser aceito em sua religião, nem todas as pessoas seguem uma mesma crença.
Ensine ao seu filho que, por mais que você não concorde com isso, essas pessoas devem ser respeitadas em sua intimidade. Sexualidade dos outros não é da conta de ninguém!
Se o seu filho é maior de 12 anos e assistiu, sinto lhe informar, mas essa conversa sobre sexualidade deveria ter acontecido bem antes. Esconder o que existe no mundo não vai ajudar, e mostrar que existem homossexuais não vai torna-lo um, se ele já não o for. 


Cena do beijo dos personagens Felix e Niko. O famoso beijo gay, que para
mim, é apenas um beijo. Cena de beijo. 
Achei estranho muita coisa, tipo, os adultos acharem que é normal uma criança assistir cenas de violência, mas não podem lidar com um beijo entre dois homens. Não assisti essa novela, mas ouvi dizer que teve autista tendo relações sexuais com um cara (dependendo do grau de autismo, isso pode ser estupro de vulnerável. Leia aqui mais sobre o assunto). Vi uma foto de uma mulher esfaqueando alguém, numa cama. O que será que os pais explicam para as crianças sobre essas coisas???
As pessoas precisam começar a entender que o que os outros fazem com suas vidas e seus corpos, a não ser que esteja prejudicando outros, é da conta deles, somente deles! 
Saibam também que relações sexuais com seres do mesmo sexo existem em outras espécies também, não é fruto da "falta de vergonha" de alguns humanos, como afirma muita gente.
Enfim, esse assunto pode ter ficado mais aberto nos últimos tempos, mas é algo que sempre aconteceu. 
Antigamente, o assunto era escondido, abafado de todas as formas possíveis. Muitos se casavam conforme mandavam os costumes, mas mantinham relações homossexuais às escondidas. Isso é triste! Hoje em dia as pessoas tem um pouco mais de liberdade para serem quem são, e não precisarem fazer outras pessoas infelizes em casamentos de status.
Ninguém pode controlar a sexualidade de ninguém, mesmo que seja de um filho. Então, ou os pais e a família abrem a mente e vivem com tranquilidade, sabendo que a pessoa é o que é e nada muda isso, ou elas se preparem pra correr o risco de perder um filho, caso seja gay e ninguém quiser aceitar.