quinta-feira, 25 de julho de 2013

Mães e Esposas, Mas Também MULHERES!

Muita mulher, depois que tem filhos, muda o foco de sua atenção.
Claro que isso não é errado, focar nos filhos é a coisa mais linda que uma mulher pode fazer!
Colocar os filhos em primeiro lugar nas nossas vidas, ama-los mais do que amamos a nós mesmas, sermos felizes somente se eles também forem... Tudo isso, e muito mais, fazem parte do universo materno.
Mas, será que deveríamos focar somente nos filhos, e esquecermos tanto de nós mesmas?
Creio que não é bem assim...

Meus filhos vem sempre em primeiro lugar, para tudo na minha vida! Toda e qualquer decisão tomada é baseada no bem estar deles.
Tenho minhas responsabilidades com eles, e cumpro da melhor maneira com todas, porém, se eu me anulasse de forma a não ter mais personalidade nenhuma, e vivesse somente por eles, o que seria de suas vidas? 
Não deve ser nada fácil uma pessoa sem a mínima personalidade conseguir dar conta de educar crianças, ou lhes proporcionar lazer, por exemplo, pois pra isso, haja criatividade!

Assim também é no meu casamento, eu não aceito e nem nunca aceitarei, ser colocada em último lugar, como se os meus desejos e as minhas necessidades importassem menos do que as do meu marido, só porque quem trabalha fora e traz o dinheiro, é ele. 

Eu também existo! Eu também sou, quero, estou, preciso! Eu não sou um nada na minha casa, sou muito importante e tenho muito valor!
Eu lavo, passo, cozinho, e não é só isso!!!
Eu penso no bem de todos, dedico minha vida à minha família, nunca gasto meu dinheiro somente comigo mesma, amo a todos e tudo o que faço é pensando neles.
Então, eu mereço ser notada, sem precisar pedir por isso. Mereço ser igual aos outros membros da família, pois conheço muitas mulheres que se anularam tanto, que perderam o respeito de seu marido e seus filhos, e não é isso que quero para minha vida.

Quero proporcionar momentos felizes aos meus filhos, seja dentro de casa ou em passeios agradáveis. Para isso, eu preciso ser feliz!
Para ser feliz, preciso vestir roupas bonitas, ter estilo, coisa que sempre tive, assim como passear, conhecer lugares e pessoas novas. 
Preciso olhar para mim mesma e me reconhecer como uma pessoa única e cheia de personalidade, alguém que acrescenta, que faz a diferença!

Preciso sim, do meu marido, não só financeiramente, mas se o escolhi para estar ao meu lado, é porque quero sua companhia. Quero fazer e ser feita feliz!

Preciso dos meus filhos, como preciso do ar que respiro, pois minha vida, hoje em dia, é sem graça sem eles! Eu os amo e sou capaz de tudo por eles!

Para ser completamente feliz, preciso da minha família, mas é um precisar devido aos sentimentos que tenho por eles, e não por precisar dedicar minha vida a cuidar de outra pessoa.

Na minha vida, eu só sou feliz, se meu lado mulher, mãe e esposa estão em perfeita sintonia! (Como não estou trabalhando nem estudando no momento, não estou levando o lado profissional em consideração). Não quero que nenhum desses morra, ou seja colocado em segundo plano, porque são importantes de forma igual, pois, para fazer alguém feliz, eu preciso estar feliz.

Quem Está Precisando de Mais Amor Próprio?

Por Re Ayumi

Uma frase que nunca saiu da minha cabeça desde a primeira vez que eu ouvi é aquela "nós aceitamos o amor que achamos que merecemos", do filme As Vantagens De Ser Invisível.

Todos os dias me olho no espelho e o que eu vejo é uma mulher cansada, descabelada, com a pele e cabelo ressecados, com uns quilos a mais e umas estrias que não, não deveriam estar ali. 

Todos os dias olho pro cesto de roupa suja e vejo que, mais uma vez, não consegui lavar tudo. Olho pro chão e imagino que lindo ele ficaria se eu tivesse encerado. E tem o fogão que poderia estar mais limpo. A varanda que eu devia ter lavado quando fez sol. As janelas, os armários. 

As contas chegam e me sinto inútil, pq quem vai pagar é o marido. Não coloco dinheiro em casa, só tiro. Aí olho pro marido, tão cansado, trabalhando tanto. E eu aqui, sem ajudar. 

E eu aí eu me lembro da frase "aceitamos o amor que achamos que merecemos". 

Vocês também têm esses pensamentos sobre si próprias? Por que costumamos enxergar nossos defeitos, nossas falhas antes de nossas qualidades?

Hoje decidi parar de ser cruel comigo mesma. Não gosto que ninguém aponte meus defeitos, então por que, fico eu mesma me lembrando deles o tempo todo?

A partir de hoje, quando me olhar no espelho, vou ver uma mulher que está com o corpo diferente, porque a pouco tempo gerou uma vida dentro dela. E que não tem o cabelo, a pele e a casa perfeita, porque está ocupada dando todo amor que tem pra aquela vida que ela gerou.

Se aceitamos o amor que achamos que merecemos, hoje não vou mais aceitar o pouco amor que eu me dava. Vou continuar me cobrando sim, mas agora, vou me cobrar mais amor.



segunda-feira, 22 de julho de 2013

Filme: O Que Esperar Quando Você Está Esperando


Sinopse:

Holly (Jennifer Lopez) é uma fotógrafa casada com Alex (Rodrigo Santoro) e quer muito adotar uma criança. Ele concorda com a ideia, mas a proximidade de receber o bebê faz com que tenha dúvidas se está preparado para a tarefa de ser pai. Wendy (Elizabeth Banks) sempre sonhou com o brilho da gestação e, após dois anos de tentativas, enfim está grávida. Entretanto, ela e o marido Gary (Ben Falcone) precisam lidar com a rivalidade do pai dele, Ramsey (Dennis Quaid), que está
esperando gêmeos com a jovem Skyler (Brooklyn Decker). Jules (Cameron Diaz) apresenta um reality show onde os participantes precisam emagrecer e acaba de ganhar a Dança das Celebridades ao lado do parceiro Evan (Matthew Morrison). Eles mantêm um caso há poucos meses e, sem esperar, ela engravida. Há ainda Rosie (Anna Kendrick), uma jovem vendedora de sanduíches que tem relações sexuais com Marco (Chace Crawford), que trabalha como vendedor em outro trailer. Ela engravida, o que faz com que os dois se aproximem cada vez mais.


Minha opinião:

O filme fala sobre várias situações que envolvem o universo de gravidez e filhos, e mostra de forma engraçada, algumas vezes até um pouco crítica, o modo dos personagens lidarem com isso.
Gente, assistam!!! Eu adorei! Ri, chorei, me emocionei, me reconheci em muitas partes, em vários personagens diferentes!
As gravidas e tentantes, em especial, vão gostar de assistir, justamente pra saber o que esperar quando estão esperando!

E sabem o melhor de tudo??? É que é uma adaptação de um livro, que por sinal, eu vou procurar para dar uma lidinha. Amo adaptações, porém, os livros sempre são mais ricos em detalhes, e eu, como uma detalhista nata, preciso saber! hehe
É perfeito para as mulheres mostrarem para os papais, pois tem também cenas que representam o "lado B" da gravidez, e todo papai deve saber o que está acontecendo, para ajudar um pouco nessa fase complicada, não é mesmo???
Não vou falar mais, senão vou acabar contando o filme, então, quem tiver oportunidade, não deixe de conferir!

sábado, 20 de julho de 2013

Mas... E se meus filhos forem homossexuais???

Sempre que me deparo debatendo o assunto "homossexualidade", percebo que algumas pessoas, principalmente mães de meninos, dizem coisas do tipo "Eu criei meu filho pra ser homem", ou "Eu não aceitaria", ou, pior ainda "Eu colocaria na rua, se quiser fazer safadeza, que não seja debaixo do meu teto".
Eu sou radical sobre esse assunto. Odeio preconceito! Odeio pessoas com idéias preconceituosas pro meu lado! Eu não sou homossexual, nem bissexual, mas esse tipo de preconceito afeta a mim também, pois sou humana assim como eles!
É claro que não me aguento, quando escuto umas "pérolas" dessas, e falo que não tenho esse tipo de preconceito, e que mesmo que tivesse, acho que não é da minha conta o que pessoas fazem entre quatro paredes, com seus corpos.
Mas é claro, sempre tem um que pergunta: E seus filhos? Se um dia um deles te falasse que é homossexual? Você aceitaria? Duvido!
A questão não é aceitar! Eu não tenho de aceitar NADA! Como eu poderia interferir na vida sexual e amorosa de uma pessoa, mesmo sendo um filho meu? Eu jamais faria isso, a não ser que um deles estivesse sofrendo ou sendo enganado por alguém, eu jamais me meteria nesse assunto!
Porém, estamos falando de homossexuais, que em sua maioria, estão felizes com sua vida, consigo mesmos, com seus relacionamentos. Então, pra que diabos eu iria me meter nisso???
Problemas de relacionamentos, todos nós enfrentamos! Uma pessoa, por ser homossexual, não vai sofrer por causa de sua sexualidade (a não ser que não tenha apoio familiar e dos amigos), mas sim, por outros problemas que qualquer pessoa pode vir a ter!
Ah, e por falar em problemas e sofrimentos, será que essas pessoas, que dizem não aceitar a suposta homossexualidade de um filho, já pararam pra pensar no sofrimento que elas podem estar causando a ele? Já não basta o mundo quase inteiro lhe virando as costas, a família vai virar também? Justo a família, que deveria amar, proteger, acolher, APOIAR???
Eu afirmo com todas as letras que, se um dia um filho meu me contar que é homossexual (aliás, só vai me confirmar, porque mãe que é mãe já sabe), eu vou abraçar e dizer que apoio, pois sou a favor do amor, da felicidade, e que ele(a) não fique se inibindo, ou se minimizando diante de quem quer que seja. E vou deixar bem claro que ele(a) vai precisar ter forças para o que virá, e que pode contar comigo para batalharmos juntos, pois as pessoas do mundão afora ainda pensam que devem se meter na vida sexual alheia.
E por falar em pessoas que julgam-se donas da verdade sobre os corpos alheios, acredito que esse tipo de mãe, e de pai também, não percebem que seus filhos são somente filhos, e não propriedades particulares! Ninguém é dono de ninguém, cada um faz o que quiser com seu corpo, desde que não afete negativamente a vida alheia. Meus filhos foram gerados aqui, dentro de mim, mas eu não sou ninguém para querer ser dona das vidas e dos corpos deles, nem dona das verdades deles!
Ah, e para os desinformados que adoram falar sobre a família tradicional: NÃO EXISTE família tradicional! Existem famílias tristes, e famílias felizes, somente! Cada uma com sua história. 
Não acredito em casamento sem amor, onde as pessoas só permanecem por ter assinado um contrato. Muitas das "famílias tradicionais" são assim. E homossexuais que acabam tentando se casar com uma pessoa do sexo oposto, terminam em um casamento desses, o que detona sua própria vida e a da pessoa que se casou com ele(a). Eu não quero um filho meu vivendo uma desgraça dessas, por conta de um preconceito infundado!
Então, meus filhos, sendo homossexuais ou não, eu só quero uma coisa dessa vida para eles: Que sejam infinitamente felizes e possam viver o amor de uma forma linda! E que as pessoas que eles escolherem para se relacionar, sejam merecedoras das pessoas maravilhosas que eles são, independente se são do mesmo sexo ou do sexo oposto!

Obs.: Ensino, e sempre ensinei, aos meus filhos que o amor existe de várias formas, entre pessoas do mesmo sexo, e pessoas de sexo oposto. Eles sabem que as pessoas do mesmo sexo de mãos dadas que eles veem na rua não são "amiguinhos", mas sim, casais! Não crio meus filhos para serem ignorantes e intolerantes! Respeito pais que não querem falar sobre isso com crianças, mas se querem o meu conselho, falem de uma forma gentil. O mundo está aí, e não vai ser falando sobre o assunto com seu filho, que ele vai achar lindo e decidir virar "um deles", mas, se por acaso ele for, vai saber o motivo de ser "diferente", o que evitará muito sofrimento. E melhor ainda é se ele souber certas coisas, e evitar causar dor aos outros.

Links sobre o assunto:

Como um filho enxerga a homossexualidade do seu pai (traduzam, vale a pena, é perfeito!)

Carta de um pai ao filho gay (simples e lindo!)

quinta-feira, 18 de julho de 2013

Sou da época que ídolos eram pessoas mais interessantes...

Faço parte de um grupo no Facebook, que é de mães amigas, tipo, nos juntamos e conversamos no privado. Pois bem, esses dias estávamos conversando sobre uma blogueira "famosa" que teve uma filha na adolescência. 
Resumindo a história dessa menina: Ela e o namorado não se preveniam, mas ela nunca havia engravidado até então. Ela se "diagnosticou" estéril e eles decidiram, em conjunto, que tentariam uma gravidez, só por teste, mas se ocorresse, fariam o aborto. 
Todos que me conhecem sabem da minha posição quanto ao aborto, mas enfim, não é o assunto agora, só pra explicar a repulsa que senti da pessoa em questão ao ler sua história.
Quando aconteceu a gravidez, ela se arrependeu de ter pensado nisso e resolveu ter a filha. Parece que o pai da menina não aceitou, e entre idas e vindas, ele deu-lhe um pé na bunda, e ela criou a menina sem pai até pouco tempo atrás. 
Acontece que ela decidiu, agora, com a menina ainda pequena, pouco menos de um aninho de idade, que precisa trabalhar e fazer faculdade, o que não deixa sobrar tempo nem dinheiro para cuidar da criança, então, mandou a menina para ser criada com a avó paterna. E foi viver sua vida.
Até então, legal, uma adolescente que tem um blog para contar sua experiência como mãe tão jovem. Mas o que me deixou surpresa foi saber que essa menina tem fãs!!! SIM, fãs, que mandam presentinhos e tudo mais!!!
Depois, olhando pela internet afora, descobri que essa blogueira tem rixa com uma outra, que é "famosa" por ter feito um vídeo pornográfico pro namorado, que caiu na rede. E também tem uma filha, se não me engano. Essa pessoa, até fã clube tem!!!
Agora me digam: O que faz pessoas serem fãs de meninas que só tem uma certa "fama" por terem blogs contando sua experiência como mães adolescentes solteiras??? 
Os fãs vivem mandando mensagens dizendo o quanto elas são guerreiras. GUERREIRAS??? Guerreira foi minha avó, que trabalhou na roça grávida até os nove meses, já tendo filhos pequenos pra cuidar! E criou netos e bisnetos, enfrentou problemas de saúde a vida toda, mas nunca deixou ninguém na mão.
Guerreira foi minha mãe, que levou um chifre do meu pai, e saiu de casa com dois filhos pequenos, uma mão na frente, outra atrás, e teve de reconstruir a vida sem marido, o que, na época, era um absurdo!
Guerreiras eu vejo por aí aos montes, como por exemplo, quando eu passava de frente ao AACD, aquelas mães carregando filhos grandes e pesados, os trazendo de longe para tratamento, toda semana. Mas essas, somente levariam umas poucas "curtidas" no Facebook, se contassem suas histórias. E essas mulheres são apenas um exemplo, dentre tantos outros que eu poderia citar.
Na minha época, os ídolos das pessoas faziam muito mais do que engravidar na adolescência. Eles, no mínimo, tinham que saber cantar, compor, algumas vezes até mesmo dançar... Ou seja, eles precisavam ter algum dom artístico. Os que não tinham dom nenhum, poderiam até ter seus quinze minutos de fama, mas nunca foram ídolos de ninguém, não passaram de "modinha" do momento, e logo foram esquecidos.
O que está acontecendo com as pessoas? A carência de ídolos está as deixando ser fãs de qualquer um? Eu decididamente, não consigo entender uma coisa dessas...

terça-feira, 16 de julho de 2013

Sabrina e sua maturidade

Desde que era um bebê, percebi que minha filha era muito madura. Ela não era mais adiantada do que os bebês de sua idade, mas percebi nela um anseio diferente do que tinham a maioria dos bebês, uma vontade de absorver toda e qualquer informação e aprender o mais rápido possível.
Achei que era coisa de mãe coruja, pensar que minha filha fazia as coisas que os outros bebês ainda não se interessavam, mas logo percebi que nem todos eram como ela.
Logo que nasceu, o pai dela passou por trás do bercinho na maternidade, ele estava falando, e ela o acompanhou com a cabecinha até que ele saísse de sua visão. Aquilo me surpreendeu!
Ela começou a rolar, sentar, engatinhar, tudo na idade certa, mas eu poderia jurar que ela queria ter conseguido antes. rsrs
A fase de engatinhar, que se iniciou por volta dos dez meses, não durou muito tempo, poisa ela descobriu que poderia se apoiar nas coisas e ficar de pé, e nunca mais parou. Antes de completar um ano, deu seus primeiros passinhos. Como ela queria mais e mais, comprei um andador. 
Obs.: Não sou a favor de ensinar crianças a andar em andadores, comprei um para minha filha quando ela já estava andando com apoio, e utilizava como um brinquedo a mais, nunca a deixando passar horas dentro dele, sempre sendo supervisionada, e bem longe de escadas ou degraus que pudessem causar acidentes.
Até então, tudo igual aos outros bebês, por isso achei que fosse corujisse minha. kkkkk
Mas logo que ela fez dois aninhos, ganhou umas calcinhas e ficou encantada em não usar mais fraldas, então decidiu que queria parar de usa-las, e nunca mais usou! Nem durante a noite precisou!
Quando ela tinha uns dois aninhos e meio, mais ou menos, ganhou dois sapatinhos plataforma (eu jamais teria comprado, pois sou contra crianças usando saltos), mas ela os amou e era impossível impedi-la de usa-los. 
Todo lugar que ela ia, queria ir com os malditos sapatos, e eu permitia. Acreditem que ela andava de salto, aos dois anos, melhor do que eu, que já tinha passado dos vinte!
Sabrina, com 7 aninhos
Quando os sapatos já não serviam mais, ela me atormentou para que eu comprasse outros, e eu comprei uns que achei, que eram levíssimos, nem parecia que tinham plataforma, pois eram feitos de um material diferente. Da mesma forma, era só aparecer um passeio, e ela queria usar esses sapatos.
Aos três anos, ela ganhou um irmãozinho, o Bernardo. Em nenhum momento, posso dizer que tive problemas relacionados à ciumes, pois ela entendeu quando expliquei que o irmãozinho precisaria de atenção por ser apenas um bebê. Ela me ajudava a cuidar dele, e queria sempre estar presente nos banhos, trocas de fraldas, e todos os cuidados com o novo bebê.
Depois que aconteceram problemas no meu relacionamento com o pai do meu filho, ela soube de muita coisa e entendeu. Até hoje ela me fala sobre o assunto, nem sempre questionando, mas sim, tirando conclusões muito maduras para os seus nove anos de idade.
As únicas coisas que ela me deu trabalho, a vida toda, foi para ir à escola nos primeiros dias, aos quase quatro anos, pois ela chorava, e para parar de chupar chupeta, que por sinal, ela mesma decidiu parar, aos oito anos.
Hoje em dia, minha filha sabe de muitas coisas, que eu sinto vontade de explicar, afinal, sei que ela entenderá. 
Sabrina, aos 9 anos, com a
irmãzinha Mel no colo.
Falo para ela sobre namorar cedo, por exemplo, que não é esse mar de rosas que as amigas fazem parecer. Namoradinhos logo querem mandar até na roupa que ela veste, nas amigas que ela pode andar junto, e nos lugares que ela pode ir. Ela está ciente de que, namorar, pode levar a uma gravidez na adolescência, o que faria com que ela precisasse adiar planos e estudos. Ela sabe que não é conveniente ter filhos antes de ter uma boa profissão, para poder dar o melhor a eles, coisa que eu nunca pude dar a ela devido ao meu descuido e despreparo em vários setores da vida. Eu, também, já lhe disse que, é claro, como todas as pessoas, ela vai querer ter a experiência de namorar, mas que o faça na hora certa, e não por pressão de outros.
Minha filha, inteligente que é, já deixou claro que vai engravidar somente na hora certa, de uma pessoa madura, quando ela já tiver feito tudo o que queria fazer antes de ter um filho. Ela diz que quer ser igual minha prima Bianca, que estuda, trabalha, e não quer nem saber de filho ou namorado tão cedo, mesmo já tendo vinte anos. E, segundo o que ela aprendeu ao me ver levando uma vida horrível ao lado do pai do meu filho, ela já decidiu que, se um homem encostar a mão nela, ela não quer mais saber dele de jeito nenhum!
Isso é só um básico das coisas que conversamos, ela tem opiniões maduras para vários outros assuntos. Eu me sinto feliz em mostrar coisas a ela, e ela ser tão inteligente e captar com tanta facilidade!
Só espero mesmo que a aborrescência, que está chegando (e me deixando de cabelo branco de pavor), não corrompa a inteligencia dela!

Bernardo enfrentando seus medos mais profundos

COMO O MEDO COMEÇOU:

Em um dia do segundo semestre de 2012, quando os metroviários ameaçaram fazer greve, ou fizeram, não me lembro muito bem, eu tive consulta pré natal, e meu filho quis ir junto comigo, pois ele é fascinado por transporte coletivo (não me perguntem o porquê  pois eu detesto, e o pai dele também não é fã rsrs).
Nesse dia, fui em m dois lugares diferentes, buscar um laudo de ultrassom em um, e passar em consulta em outro.
Para explicar, vou entrar um pouco no assunto copa do mundo, pois passei um perrengue por causa dela nesse dia! kkkkk
O governo desse país lindo que eu moro está querendo deixar o Brasil com aparência de país de primeiro mundo, e por isso, foram instaladas umas entradas e saídas "moderninhas" em algumas estações do metrô, nos bairros de classes sociais mais altas. São portas de acrílico que se abrem quando a pessoa passa o bilhete que dá acesso ao transporte, e se fecham assim que a pessoa passa por elas.
Assim que voltei do laboratório, encostei meu bilhete no sensor, e com a pastinha de documentos em mãos, passei pelas portinhas que se abriram, porém, elas "entenderam" que passaram duas pessoas, pois, antes de entrar, coloquei a pastinha a frente da minha barriga enorme. A porta se fechou em mim, o que me deixou com hematomas e dores, além das que a gravidez já causa naturalmente.
A funcionária veio correndo ver o que aconteceu, se eu precisava de ajuda  e tal. Muito prestativa! Mas fiquei com ódio daquilo tudo, pois além de ferida, todos olhavam para mim, e eu não gosto de ser o centro das atenções. .Não dessa forma.
Como estava atrasada para minha consulta, deixei por isso mesmo, e fui correndo e mancando  para o meu destino.
Como diz minha tia, "desgraça pouca é bobagem", então assim que fomos sair do trem, as portas se abriram e se fecharam em seguida, o que fez com que meu filho ficasse preso e também fosse ferido.
Eu estava apavorada, minha mãe com a mão também presa, e o meu filho gritando de dor e medo.
Um passageiro, em um impulso, se levantou e deu um soco no o dispositivo de emergência para quebrar  o lacre, e puxou a cordinha que faz com que as portas se abram.
Novamente, deixei pra lá e fui correndo para a minha consulta, mas me arrependo por não ter processado nem nada, pois fomos feridos todos no mesmo dia, em dois acidentes diferentes, mas o pior foi o dano que isso trouxe ao meu filho posteriormente.
Na hora que voltávamos da consulta, do outro lado de São Paulo, o Bernardo se recusou a entrar novamente na estação, e eu morrendo de medo de ficar presa na porta outra vez, mas dando uma de corajosa para que estimula-lo, pois não tinha possibilidade de voltarmos de ônibus daquela distância.
Conseguimos convencê-lo a entrar, mas ele passou a viagem toda tremendo, com o coração acelerado e os lábios sem cor devido ao medo de ficar preso outra vez. Na hora de passar pela porta foi uma tortura para todos nós!
Essa situação durou por meses, ele viajou utilizando o trem/metrô depois disso, por 2 vezes, pois não deu para ser de outra forma, mas precisei evitar sempre que possível.
Era falar de metrô ou de trem, que ele se recusava a ir, mesmo que fosse a lugares legais. O amor e a fascinação que ele tinha por eles virou pânico.

ENFRENTANDO OS MEDOS:

Eu moro na Zona Leste de São Paulo, e estava esperando ter o filme "Meu Malvado Favorito 2" no Cinematerna, pois estava doida para assistir!
Quando finalmente ia ter, adivinha só... No shopping Frei Caneca. Lá do outro lado de São Paulo!
Eu queria muito que meu filho fosse, mas sabia que ele ia dar trabalho devido ao medo.
Bem, como toda mãe, que sempre tem um jeitinho de improvisar para dar um jeito na situação, bolei um plano. hehehe
Chamei meu filho para perto da tela do computador, e mostrei a ele o quanto era legal o trem da linha amarela, moderno, e o melhor: Dá pra ver os trilhos!
Ele ficou encantado, mas com medo me questionou se a porta não fecharia nele. Eu falei que isso não acontece com frequência, e que os trens da linha amarela são mais modernos e dificulta o acontecimento de acidentes (nem sei se é verdade, mas torci para que fosse!).
Pois bem, ele se empolgou e disse que ia, mas só se fosse no "trem amarelo", porque ainda tinha medo dos outros.
Daí eu comecei a bolar um jeito de convence-lo a entrar no trem da CPTM, que fica próximo da casa da minha mãe, onde estávamos.
Acontece que minha mãe, que sempre fala mais do que deveria, contou a ele que, para chegar no "trem amarelo", era necessário ir com o trem da CPTM, que também ele tinha medo, pois uma vez, quase caiu no vão entre o trem e a plataforma, que, cá entre nós, é enorme!
Ele se recusou a ir novamente, então eu tive de apelar. rsrs
Fiquei falando o quanto o "trem amarelo" seria legal para ele, pois ele poderia brincar que era maquinista, entre outras coisas. Deu certo, e ele decidiu ir, desde que eu o levasse no colo quando passássemos pelas portas do trem.
Decidi levar a Melissa no carrinho, para que pudesse carrega-lo no colo então.
Chegou o dia, e fomos. Ele começou a sentir medo assim que chegamos na estação, eu percebi. Daí ele me olhou e disse: "Mamãe, meu corpo está querendo sentir medo, mas eu não vou deixar!"
Gente! Me deu um orgulho do meu menino! Que coisa mais linda! Tão novinho, e enfrentando seus medos mais profundos, como um verdadeiro homem.
Mas o melhor estava ainda por vir: Na ida e na volta, ele passou sozinho por TODAS as portas, sem a minha ajuda, morrendo de medo, mas enfrentou de maneira invejável para muita gente! E não derramou uma lágrima sequer!
Só vendo de perto para saber o nível do medo dele, era absurdo! Não era um medinho bobo, era algo que ele até passava mal, com direito a taquicardia e lábios sem cor. E ele foi lá e enfrentou tudo com muita coragem, tendo apenas seis anos de idade!
E a mamãe aqui baba mais e mais a cada novidade linda dessas dos seus filhotes!!!



segunda-feira, 15 de julho de 2013

A importância do apoio das outras pessoas na amamentação

Desde a tragédia que foi a amamentação do Bernardo, decidi que faria de tudo para amamentar meu próximo bebê, e foi o que fiz.
Quando me vi grávida novamente, bateu o desânimo, já achei que não ia ter leite, que seria pouco, insuficiente, e todas aquelas inseguranças que toda grávida tem, porém, minha insegurança era antecedida por duas experiências nas quais eu falhei.
Mas eu mal sabia que, para o sucesso da amamentação, tudo o que eu precisava, além da minha vontade, era o apoio das pessoas ao meu redor, principalmente as mais próximas.

Eu não sabia o quanto os famosos "pitacos" poderiam atrapalhar! Várias vezes tive vontade de dar qualquer porcaria para que ela dormisse logo, de tanto que as pessoas diziam que eu era uma "tonta" por não dar. Mas, ao fazer isso, assume-se o risco de diminuir a produção de leite, pois estimula-se menos. Há também o risco de confusão de bicos. Essas duas coisas levam ao desmame precoce. Eu não quis pagar pra ver.

A família deve apoiar a mulher quando ela decide amamentar exclusivamente! Cada vez que alguém diz que seu leite não sustenta, ela pode se sentir derrotada. As pessoas deveriam saber que bebês choram, e nem sempre é fome! É importante se informar antes de ficar distribuindo palpites baseados no achismo, sem evidências científicas.
Então, familiares que falam que o leite da mulher não sustenta, saibam que sustenta sim! Ele é digerido mais rapidamente justamente por não ser pesado e ser próprio para o bebê, que ainda não consegue digerir tão bem outros tipos de alimentos. Aqui tem informação de qualidade para quem quiser saber mais!

Outro tipo de situação que atrapalha o aleitamento materno é a vergonha que as pessoas tem - e fazem com que a mulher também tenha - da exposição dos seios ao amamentar um bebê. Já vi muitas pessoas, inclusive mulheres, que falam o quanto é feio e pavoroso uma mulher expor as mamas em público. Não é feio!
Durante o carnaval, em qualquer horário do dia, crianças e adultos podem ver mulheres nuas ou seminuas, em um ritual de ostentação aos corpos "perfeitos" e sarados de artistas, quase sempre montados por cirurgias plásticas ou malhação excessiva. Então, se a maioria encara isso como normal, por que amamentar ainda é tabu para muitos?
Não é feio amamentar um bebê em público, pois não é feio querer proporcionar o melhor ao filho, independente do lugar em que se está. Não é feio alimentar uma criança faminta na hora que ela sentir fome. Não é feio nem vulgar expor o seio de uma forma não sexual para que uma criança satisfaça uma necessidade básica: a fome.

Mulher amamentando no sling, faço
muito isso!  Fonte: Google
Porém, ainda assim existem mulheres que sentem vergonha, então a minha dica é: NUNCA cubra o rosto do seu bebê com um pano, pois nem você nem ninguém gosta de fazer uma refeição com o rosto coberto, não é mesmo?
Pode-se cobrir somente o seio de uma forma que a maior parte fique escondida, assim como está na foto. Ela está com uma camiseta, mas pode-se colocar um paninho no mesmo lugar onde está a roupa. Depois posto uma foto minha fazendo uma demonstração da forma que eu quero dizer.

Papais algumas vezes também atrapalham, seja por não permitir que as mulheres amamentem em público, seja por querer participar desse momento e acabar dando mamadeira ao bebê, ou por exigir demais da mulher, que acaba ficando sobrecarregada com a amamentação  e mais inúmeras outras tarefas.

O pai do bebê, na minha opinião, é a pessoa que mais deveria apoiar a amamentação, sempre ciente de que está sendo oferecido o melhor ao filho. Ele deve ver o ato de amamentar com naturalidade, sem pensar que outros homens vão olhar os seios da mulher. 
Não se pode estragar toda a naturalidade da situação por causa de ciumes bobo. É apenas uma mulher alimentando seu filho, nada mais. Não são órgãos sexuais, são fonte de nutrição, e a maioria esmagadora das pessoas, por mais que desaprovem a visão de uma mulher amamentando em público, também enxergam dessa forma! 
Pessoas que enxergam isso de uma forma sexual, além de raros, só podem estar com a saúde mental afetada, precisando de tratamento psiquiátrico urgente! Não devem ser levados em consideração.
Enquanto esses loucos (desculpa, não consigo ver pessoas assim como normais) estão só olhando de longe, está tudo bem.  Se chegarem perto para fazer alguma "gracinha", é só chamar a polícia e pronto, problema resolvido. Mas acredito que não seja comum uma pessoa sentir desejo por isso, então, não acho que seja tão fácil acontecer algum problema assim.
Obs.: Ciumentos de plantão, não adianta pensar que suas mulheres nunca serão olhadas, pois isso acontecerá sempre! Na hora da amamentação, por mais que as mamas estejam expostas, esse será, provavelmente, um dos momentos que ela não será desejada por outros homens. Mas quando ela sair de casa e entrar em contato com outras pessoas, por mais que esteja vestida de forma discreta, é natural que outras pessoas olhem com desejo, aliás, a maioria dos homens que conheço dizem que mulheres discretas são mais atraentes. Podem cancelar a encomenda da burca! =P 

Se o papai é daqueles que quer participar de tudo, pode participar da amamentação de uma forma muito melhor do que dando mamadeira ao filhote! Ele pode ajudar no conforto da mãe enquanto ela tem o bebê no seio, oferecendo almofadas ou trazendo água, pois amamentar dá muita sede. Cuidando do conforto da mãe e do bebê, sua participação se torna muito importante nesse momento!
Se o pai quer ser visto pelo filho, minha dica é sentar-se ao lado da mulher, ou atrás dela, e construir também um vínculo com o bebê durante a amamentação, fazendo carinho e olhando nos olhos.
Logo o bebê cresce e vai ser alimentado com outros alimentos, além do leite materno, que poderão ser oferecidos por outros, além da mãe.

Os que exigem demais das esposas ou namoradas, devem tomar cuidado. Quando o homem pressiona demais sobre as obrigações domésticas, provavelmente, a primeira coisa que irá "dançar" será a amamentação exclusiva. Por não "ter tempo" para ficar com um bebê "pendurado nas tetas" na maior parte do dia, a mulher pode querer alimentar a criança de forma que ela fiquei mais tempo "cheia" e durma mais. Para isso ela segue conselhos de quaisquer pessoas "experientes", que conhecem crianças que sobreviveram a isso e acreditam que não faz mal. Mas sim, isso pode trazer consequências ruins à criança, a curto ou longo prazo, e ninguém quer criar sobreviventes, não é mesmo?
A mulher que é mãe de um bebê não tem como prioridade a casa, embora ela precise mante-la em condições aceitáveis de higiene e organização. Independente da mulher trabalhar fora e estar de licença, ou de ser dona de casa, ela deve ter sua "licença maternidade" respeitada, como um tempo exclusivo para cuidar de seu bebê e das prioridades, como os outros filhos, alimentação, e de algo que elas costumam se esquecer que é importante também: Elas mesmas! E as pessoas devem apoiar e incentivar isso.
Uma mulher com uma rotina bagunçada por um bebê que não tem horários definidos para dormir, e que passa muito tempo cuidando das necessidades de um serzinho tão dependente, não pode nem deve ser tão cobrada pelos outros e nem por si mesma. O segredo é esperar a rotina se refazer e também conhecer o bebê, aprender sobre seus costumes, como por exemplo, o tempo que irá durar a mamada ou os horários que ele costuma dormir, para que se possa fazer outras coisas. 
Homens podem acabar sentindo ciumes do próprio filho, mas devem se lembrar que o bebê é um serzinho totalmente dependente, e que o casal agora tem prioridades diferentes. Nos primeiros tempos com um bebê em casa, por instinto e por vontade própria, vai acontecer que a mulher vai priorizar sua cria, mas isso não quer dizer que precise fazer isso sozinha. O casal pode fortalecer o relacionamento até mesmo durante os cuidados com o pequeno, e namorar um pouco sempre que sobrar um tempinho. Assim que o bebê for criando uma rotina, vai ficando cada vez mais fácil ter um tempinho a dois. 

Enfim, essas dicas são para que a família participe da amamentação, e para que as pessoas não reajam de forma preconceituosa com a mulher que amamenta, pois não sabem o mal que podem estar fazendo a ela. 
Para quem não gosta de ver, é simples, não olhe!
Se a família não apoia a amamentação, também é simples, deixe que a mulher amamente e não fique dando palpites sem qualquer embasamento científico. Se a criança não ganhar peso o suficiente, o pediatra dirá a ela. Não é e nem será a primeira criança amamentada exclusivamente até, pelo menos, o sexto mês de vida.
E maridos que atrapalham, mesmo sem querer, vão se informar se ainda não fizeram, e sejam criativos, não coloque tudo nas costas da mulher! A casa não vai apodrecer e cair se uns dias a mulher não conseguir fazer certas coisas, aliás, o correto é todos os moradores colaborarem com o lar, então aproveitem agora e comecem a fazer sua obrigação, assim alivia a mãe, que terá mais tempo para os cuidados com o bebê. Homens, participem da criação de seus filhos, vocês só tem a ganhar! Participem da amamentação, criem modos para isso!
Pessoas, apoiem a amamentação, é muito importante! Mas, principalmente, mulheres, mesmo sem apoio, se vocês querem amamentar, lutem por isso! É um direito seu e do seu filho! Se informem e não sejam vencidas por obstáculos que os outros inventam ou colocam onde não existe! Sejam peritas em amamentação e espalhem conhecimento, pois as vezes não é maldade das pessoas, mas sim, pura falta de informação. 
Tudo o que falei aqui, é praticamente um resumo do que eu li internet afora durante minha longa pesquisa sobre amamentação, pois eu quis me informar para conseguir amamentar! 
Baseado na leitura e na minha experiência pessoal, essas dicas foram o que funcionou por aqui, e alguns dos que ficavam falando de leite fraco e incapaz, entre outras coisas que são um veneno para o sucesso da amamentação, hoje em dia, me dão o maior apoio e sabem que estou fazendo o que é certo! Quanto ao resto, que ainda não mudaram de opinião, eu ignoro e prossigo amamentando exclusivamente minha filha por quase quatro meses completos (só no início ela tomou leite artificial por alguns dias, mas assim que percebi que meu leite poderia dar conta, suspendi). Que assim seja até o sexto mês, e mesmo depois que ela passar a comer outros alimentos, que eu prossiga amamentando até quando ela precisar!
E viva a amamentação!!! \o/



sexta-feira, 5 de julho de 2013

Minha vida social depois da maternidade

Não sei se sou uma pessoa solitária de natureza, ou se não tenho muita sorte com as amizades. O fato é que, depois que me tornei mãe, muita gente desapareceu da minha vida como se eu fosse portadora de uma doença contagiosa e mortal.
Eu nunca fui uma pessoa tão popular, daquelas que conhecem meio mundo e tem sempre um convite em aberto para um almoço, um lanche, um passeio... Sempre tive muitos colegas, desses que a gente fica jogando conversa fora, mas amigos eram poucos, e ainda assim, fui decepcionada por muitos deles.
Pessoas que diziam me ver como uma "parente", nem ao menos se deram ao trabalho de ir conhecer os meus filhos, nem de mandar uma caixa de bombons ou um cartão, e me parabenizar por ter me tornado mãe, pois mesmo que eu tenha tido minha primeira filha tão nova, ela é um pedaço de mim! Uma alegria sem tamanho na minha vida!
Por um bom tempo, eu fui uma pessoa praticamente sozinha, só tinha minha família, que nem sempre poderia me acompanhar em tudo. Minha filha, a Sabrina, era minha companheirinha, pois eu a levava para o mercado, a farmácia, onde quer que eu fosse. Antes de engravidar, quando eu tinha uma porção de colegas, sempre convidava um ou outro para ir nesses lugares comigo. 
Um pouco antes do Bernardo nascer, eu conheci o Orkut, e retomei contato com algumas pessoas que haviam feito parte da minha vida. Percebi que algumas só sumiram porque tomaram rumos muito diferentes dos meus, porém, uma grande maioria, simplesmente nunca me consideraram o que diziam considerar. Eu era mãe, não poderia ficar visitando meio mundo carregando crianças pequenas. As pessoas deveriam entender, e me fazer visitas, se estavam interessadas em manter a amizade de fato, mas parece que não estavam.
Já no Orkut mesmo, excluí meio mundo, pois percebi que essas pessoas já não faziam parte da minha vida e não se interessavam em voltar a fazer um dia.
Mas o bom do Orkut é que, lá mesmo, fiz amizade com pessoas com quem eu gostava de conversar. Era mais fácil fazer amizades interessantes, pois as pessoas se dividiam por comunidades, então, era só entrar em uma comunidades do meu interesse, começar a postar sempre, e pronto, a coisa toda fluía naturalmente.
E foi assim que voltei a ter algo próximo de uma vida social.
Depois que o Orkut entrou em coma (ele ainda vive, mas tem pouca atividade por lá), veio a febre de Facebook. 
Confesso que no próprio Face, não fiz amizade nenhuma. Trouxe meus amigos do Orkut pro Facebook e continuamos a nossa amizade virtual.
Para mim, foi um alívio poder falar com pessoas do Brasil inteiro, sem precisar sair da minha casa. Como mãe, não tenho tempo de ficar saindo para beber com amigos em um "rolê" totalmente descontraído. Tenho filhos, tenho horário para voltar, e não posso exagerar na bebida, pois preciso cuidar deles. Depois de me tornar mãe, já saí, bebi, e tal, enquanto meus filhos estavam com a minha mãe sendo muito bem cuidados, mas foram raras as vezes que isso aconteceu, e sair pouco não é o suficiente para manter certas amizades.
Assim que engravidei da Melissa, tive certeza de que não poderia sair novamente tão cedo, o que me impediria de manter quaisquer amizades que exigissem tempo, então, se eu já não as tinha, agora é que não vou procurar mesmo.
Nas minhas fuçadas pela internet, descobri o Baby Center, que é tipo uma rede social de mamães, gravidinhas e tentantes. Me inscrevi e passei a participar de muitas comunidades.
Sinceramente, achei aquilo muito bom! Tem umas doidas que fazem coisas erradas, já briguei por lá e tal, mas no geral, deu para conhecer pessoas muito boas, muito inteligentes e divertidas, que se encontram na mesma situação que eu. Assim é muito mais fácil manter vínculos, com pessoas que fazem parte da nossa realidade!
Então, amizades virtuais foram se fazendo naturalmente entre pessoas que dividem pensamentos em comum, e que sabem das dificuldades umas das outras. Aliás, tirar dúvidas e compartilhar experiências com elas é maravilhoso! Sempre temos o que falar, e sabemos ouvi-las e entende-las na maior parte das vezes.
Hoje em dia, não vivo sem Facebook, não só para manter contato com familiares distantes, nem com amigos antigos que não tenho tempo de visitar e vice versa, mas também para conversar com essas pessoas maravilhosas que conhecemos nas redes sociais!
Já conheci pessoalmente gente com quem comecei amizade pela internet, (meu marido, por exemplo) e outros não conheci ainda. Tem gente que talvez eu nunca conheça, mas não tem problema. O que importa é que nos importamos uns com os outros, acompanhamos a vida da pessoa através de tudo o que ela posta, conversamos todos os dias e rimos juntos, independente de existir uma tela entre nós!
Sinceramente, os mais chatos podem dizer que esse tipo de relacionamento de hoje em dia não substitui o tradicional, que só existe se for pessoalmente vez ou outra, e no máximo, se usa um telefone ou uma rede social como uma extensão. Mas para mim, mãe de 3 filhos, 3 gatos e uma casa inteira para cuidar, se não fosse pela vida social virtual, eu não teria vida social nenhuma. 
Para mim, é melhor assim, pois sei que consigo manter contato e não abandonar ninguém, nem ser abandonada. 

PS.: Pra constar, a vida dos pais dos meus 2 primeiros filhos não mudou em basicamente nada. Por que será??? É preciso mudar essa situação, afinal, filhos que tem pai e mãe devem ser cuidados por ambos. Mas, como eu tenho filhos de pais diferentes, 3 pais diferentes pra lidar, ainda não encontrei o equilíbrio necessário para compartilhar a criação deles. Tenho muito prazer em cuidar deles, os amo mais que a mim mesma, mas os cuidados diários cansam, e seria bom poder compartilhar com o pai deles o lado B da maternidade. 

CineMaterna: Eu recomendo!!!

Um dia, uma colega postou algo sobre um tal "CineMaterna". Eu fiquei mega curiosa para entender do que se tratava, e é claro, fui pesquisar. A ideia me pareceu muito boa!
Segundo o que li, se tratava de uma sessão especial para mamães e papais com bebês de até 18 meses, em uma sala não totalmente escura, com volume reduzido, ar condicionado bem leve, trocadores a disposição, estacionamento de carrinhos, e feita especialmente para gente que, obviamente, não se incomodariam se o bebê alheio chorasse! Perfeito!
Fui consultar as sessões, mas eram todas durante a semana em um horário no meio da tarde. Impossível para mim. Resolvi esperar as férias escolares para poder ir.

Pois bem, as férias chegaram, e junto delas, o filme "Universidade Monstros", que conta toda a história de como Mike e Sulley, de Montros SA, se conheceram. Acho que não disse ainda, mas a Sabrina assistiu Monstros SA por mais de um ano da vida dela, antes de dormir. Eu sei quase todas as falas do filme, acabei decorando!
Então, é claro que eu amo o filme, e precisava assistir!
A melhor coisa que aconteceu nessas férias foi ter estreado esse filme, melhor ainda foi ter CineMaterna em um cinema razoavelmente perto de mim, com o filme que eu queria assistir!

Chegando lá, fui comprar os ingressos, e descobri que era uma sessão 3D. Maravilha! 
Ingressos comprados, lugares escolhidos (na frente, pq no meio e no fundo não tinha mais), fomos fazer o ritual das fotos nos painéis e comprar pipoca e refrigerante.

Assim que terminamos o ritual, fomos em direção a sala de exibição. Logo na entrada, uma fotógrafa pediu para tirarmos foto ao lado do banner do CineMaterna. Ela foi muito atenciosa, tirou foto de todos nós, e depois de cada uma das crianças. Tinha uma outra moça que nos ajudou a levar os sacos de pipoca e os refrigerantes até os assentos, também muito prestativa e gentil!
Nos acomodamos, e logo a Mel quis mamar. Me senti a vontade em um ambiente onde minha pequena poderia livremente expressar seus sentimentos, e se caso ela não se acalmasse, eu poderia sair, sem que as outras pessoas se incomodassem, afinal, estávamos todos no mesmo barco.
Logo que ela terminou de mamar, pouco depois do Bernardo ter derramado um litro de refrigerante no chão  todo, ela quis assistir ao filme. Eu a virei para a tela, e ela pulava e conversava com os personagens o tempo todo. Não chorou nem deu qualquer tipo de trabalho em momento algum!

Alguns bebês choraram um pouco, mas logo foram acalmados. Não atrapalhou em nada o filme! A Sabrina reclamou um pouco no começo, mas logo estava tão entretida no filme, que nem escutou mais nada.
Mel falou com os personagens até a exaustão! Logo percebi que ela parou, olhei, e notei que ela dormia profundamente. Pela primeira vez, ela dormiu assistindo desenho, sem precisar estar mamando.

Enfim, minha experiência quanto ao CineMaterna foi o mais positiva possível! Adorei poder ir ao cinema, mesmo tendo uma bebê tão nova, de apenas 3 meses, e ir a um local que tem toda uma estrutura para que eu pudesse cuidar da minha pequena. Quem teve essa ideia, merece um prêmio!

Agora só falta ter mais algumas sessões de fim de semana mais próximas da minha casa! Seria o cúmulo da perfeição!

Pra quem está pensando em ir, eu super recomendo! 

Essa é mais uma daquelas ideias simples, que dão muito certo, e fazem a diferença na vida das pessoas! Nós, mamães e papais (presentes na vida de seus pequenos), precisamos nos divertir mais do que ninguém!!!



segunda-feira, 1 de julho de 2013

Gatos: Mitos e verdades (não abandone seu bichinho)

Desde que engravidei da Melissa, muitas pessoas me diziam que eu deveria jogar fora os meus gatos, como se eles fossem simples objetos que poderiam causar doenças e a morte da minha filha.
Sempre deixei bem claro que meus gatos ficam! Amo meus bichos e jamais os abandonaria!
Mas, além do meu amor pelos meus gatos, ainda há uma porção de mitos que cercam os gatos, como, por exemplo, que eles são traiçoeiros.
Gatos são seres extremamente carinhosos, adoram um afago dos humanos que vivem com ele, e não machucam um bebê por ciúmes nessa frequência absurda que dizem por aí. Eles fazem carinho nas pessoas, passando a cabecinha nas pernas da gente,  ou até mesmo dando uma mordiscada bem de leve, para chamar a atenção.
Outro mito é que o ronronar deles transmite asma ou outras doenças respiratórias, o que não faz sentido algum! Primeiro, porque asma não se pega de ninguém. Segundo, poque o ronronar do gato é apenas um barulho que ele faz para demonstrar felicidade e satisfação, assim como o cachorro abana o rabo.
O que pode acontecer quanto à asma, é a pessoa já ter, e o pelo do gato acabar causando uma crise. Mas não é só pelo de gatos que desencadeia uma crise asmática: mofo, poeira, ácaros ou quaisquer substâncias consideradas alérgenos, ao serem inaladas, iniciarão uma crise, inclusive, pelos de outros animais. Ninguém que não tenha asma vai acabar "pegando" se aspirar algum pelo de gato.
Mais um mito: Gatos vão te fazer ter toxoplasmose
Eu, um pouco antes de ir à maternidade, com minha
linda Pandora no colo, hábito de carregar meus filhos
gatos que não abandonei por causa da gravidez.
Realmente, os parasitas da doença se hospedam nas fezes dos felinos contaminados, por isso, ninguém vai pegar a doença ao acariciar um gato, nem ao ser mordido ou arranhado por um. O cuidado que se deve ter é manter a vacinação dos felinos em dia, cuidar para que ele não coma carne crua e não cace, para que não adquira a toxoplasmose. Mas, se o gato veio das ruas e não dá para saber se ele já adquiriu a doença, é só usar luvas e lavar muito bem as mãos ao lidar com suas fezes, para que se evite o contágio, caso ele esteja contaminado.
Além disso, toxoplasmose se pega por outros meios mais fáceis, como por exemplo, por ingestão de carne mal passada, leite in natura, ou verduras e legumes mal lavados que estejam contaminados. A transmissão do gato diretamente ao humano é mínima.
Quem tem bons hábitos de higiene, não pega toxoplasmose!
Os gatos são condenados por causa dos rótulos que os humanos colocam neles, eu sempre soube, mas ao buscar informações de verdade, ao invés de me basear somente no amor que tenho por eles, é que pude defender meus bichos dos humanos que os queriam longe de mim e da minha barriga. Meus gatos ficaram!