terça-feira, 16 de julho de 2013

Sabrina e sua maturidade

Desde que era um bebê, percebi que minha filha era muito madura. Ela não era mais adiantada do que os bebês de sua idade, mas percebi nela um anseio diferente do que tinham a maioria dos bebês, uma vontade de absorver toda e qualquer informação e aprender o mais rápido possível.
Achei que era coisa de mãe coruja, pensar que minha filha fazia as coisas que os outros bebês ainda não se interessavam, mas logo percebi que nem todos eram como ela.
Logo que nasceu, o pai dela passou por trás do bercinho na maternidade, ele estava falando, e ela o acompanhou com a cabecinha até que ele saísse de sua visão. Aquilo me surpreendeu!
Ela começou a rolar, sentar, engatinhar, tudo na idade certa, mas eu poderia jurar que ela queria ter conseguido antes. rsrs
A fase de engatinhar, que se iniciou por volta dos dez meses, não durou muito tempo, poisa ela descobriu que poderia se apoiar nas coisas e ficar de pé, e nunca mais parou. Antes de completar um ano, deu seus primeiros passinhos. Como ela queria mais e mais, comprei um andador. 
Obs.: Não sou a favor de ensinar crianças a andar em andadores, comprei um para minha filha quando ela já estava andando com apoio, e utilizava como um brinquedo a mais, nunca a deixando passar horas dentro dele, sempre sendo supervisionada, e bem longe de escadas ou degraus que pudessem causar acidentes.
Até então, tudo igual aos outros bebês, por isso achei que fosse corujisse minha. kkkkk
Mas logo que ela fez dois aninhos, ganhou umas calcinhas e ficou encantada em não usar mais fraldas, então decidiu que queria parar de usa-las, e nunca mais usou! Nem durante a noite precisou!
Quando ela tinha uns dois aninhos e meio, mais ou menos, ganhou dois sapatinhos plataforma (eu jamais teria comprado, pois sou contra crianças usando saltos), mas ela os amou e era impossível impedi-la de usa-los. 
Todo lugar que ela ia, queria ir com os malditos sapatos, e eu permitia. Acreditem que ela andava de salto, aos dois anos, melhor do que eu, que já tinha passado dos vinte!
Sabrina, com 7 aninhos
Quando os sapatos já não serviam mais, ela me atormentou para que eu comprasse outros, e eu comprei uns que achei, que eram levíssimos, nem parecia que tinham plataforma, pois eram feitos de um material diferente. Da mesma forma, era só aparecer um passeio, e ela queria usar esses sapatos.
Aos três anos, ela ganhou um irmãozinho, o Bernardo. Em nenhum momento, posso dizer que tive problemas relacionados à ciumes, pois ela entendeu quando expliquei que o irmãozinho precisaria de atenção por ser apenas um bebê. Ela me ajudava a cuidar dele, e queria sempre estar presente nos banhos, trocas de fraldas, e todos os cuidados com o novo bebê.
Depois que aconteceram problemas no meu relacionamento com o pai do meu filho, ela soube de muita coisa e entendeu. Até hoje ela me fala sobre o assunto, nem sempre questionando, mas sim, tirando conclusões muito maduras para os seus nove anos de idade.
As únicas coisas que ela me deu trabalho, a vida toda, foi para ir à escola nos primeiros dias, aos quase quatro anos, pois ela chorava, e para parar de chupar chupeta, que por sinal, ela mesma decidiu parar, aos oito anos.
Hoje em dia, minha filha sabe de muitas coisas, que eu sinto vontade de explicar, afinal, sei que ela entenderá. 
Sabrina, aos 9 anos, com a
irmãzinha Mel no colo.
Falo para ela sobre namorar cedo, por exemplo, que não é esse mar de rosas que as amigas fazem parecer. Namoradinhos logo querem mandar até na roupa que ela veste, nas amigas que ela pode andar junto, e nos lugares que ela pode ir. Ela está ciente de que, namorar, pode levar a uma gravidez na adolescência, o que faria com que ela precisasse adiar planos e estudos. Ela sabe que não é conveniente ter filhos antes de ter uma boa profissão, para poder dar o melhor a eles, coisa que eu nunca pude dar a ela devido ao meu descuido e despreparo em vários setores da vida. Eu, também, já lhe disse que, é claro, como todas as pessoas, ela vai querer ter a experiência de namorar, mas que o faça na hora certa, e não por pressão de outros.
Minha filha, inteligente que é, já deixou claro que vai engravidar somente na hora certa, de uma pessoa madura, quando ela já tiver feito tudo o que queria fazer antes de ter um filho. Ela diz que quer ser igual minha prima Bianca, que estuda, trabalha, e não quer nem saber de filho ou namorado tão cedo, mesmo já tendo vinte anos. E, segundo o que ela aprendeu ao me ver levando uma vida horrível ao lado do pai do meu filho, ela já decidiu que, se um homem encostar a mão nela, ela não quer mais saber dele de jeito nenhum!
Isso é só um básico das coisas que conversamos, ela tem opiniões maduras para vários outros assuntos. Eu me sinto feliz em mostrar coisas a ela, e ela ser tão inteligente e captar com tanta facilidade!
Só espero mesmo que a aborrescência, que está chegando (e me deixando de cabelo branco de pavor), não corrompa a inteligencia dela!

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